Mozart

Concerto para piano no. 23

por Adriano Brandão

Toda viagem tem um ponto de partida. A minha incursão pela música clássica começou nos concertos para piano de Mozart. O começo foi tão bom que não parei de viajar até agora ;-)

Na verdade, provavelmente eu devo ter escutado outras peças antes, como a Quinta de Beethoven ou algo de Chopin. Mas as primeiras obras que realmente agarraram meu pescoço e não me deixaram sair mais desse mundo foram os Concertos nos. 21 e 23 de Mozart.

Tinha 8, 9 anos e me lembro como se fosse ontem: fita cassete preta, de uma coleção de banca de jornais, lado A com o Concerto no. 21, lado B com o Concerto no. 23. Interpretações de Arthur Rubinstein, acompanhado pela orquestra da RCA regida por Alfred Wallenstein. Devo ter gastado a fita de tanto tocar! Não sabia de qual concerto eu gostava mais, mas hoje tenho certeza: é do Concerto no. 23, que apresento agora :)

Os concertos de Mozart são tão, tão perfeitos que me sinto meio sem palavras. São minhas obras de Mozart prediletas e meus concertos favoritos, apesar de Brahms e Beethoven. Ele escreveu 26 concertos para piano, em todas as fases de sua vida. Este vigésimo-terceiro é de 1786, quando a curta vida de Wolfgang já se caminhava para o fim. É, portanto, obra do ápice da carreira do compositor.

Chama a atenção neste concerto o segundo movimento, de um patetismo inédito, extremamente profundo e emocionante. A música é tão maravilhosa que… bom, melhor já ir separando os lenços :)

Dos mesmos diretores de Ilha Quadrada, eis o Concertmaster, um front-end que transforma o Spotify em um poderoso player de música clássica. GRÁTIS!

Post escrito por Adriano Brandão em 29/09/2012. Link permanente.