por Adriano Brandão
Senta que lá vem história!
E não uma história qualquer, mas a “História e glória da sinfonia romântica francesa, de Gounod a Dukas (ou) O incrível caso das sinfonias gêmeas”, que está chegando ao seu penúltimo capítulo.
~PREVIOUSLY ~
O renascimento da sinfonia francesa começou com Saint-Saëns e sua Terceira, em 1887, que bebeu direto da fonte cíclica lisztiana. Em seguida, a febre: d’Indy e a “Sinfonia sobre um canto montanhês francês”, de 1888, e principalmente Franck e sua Sinfonia em ré menor, de 1889.
~ TONIGHT ~
Em 1890 foi a vez de Ernest Chausson. Esse incrível compositor francês, que viveu tão pouco e criou música tão bela, não poderia ficar de fora. E mandou muito bem: sua Sinfonia em si bemol maior é digna companheira de Franck e Saint-Saëns.
No caso de Franck, não só companheira como IRMÃ GÊMEA. Chausson reproduziu a forma franckiana com perfeição: três movimentos, tema cíclico, introdução lenta, finale agitado com tema em estilo coral, redenção no finalzinho. Em vários trechos é fácil se distrair e imaginar-se ouvindo Franck: harmonias, transições, a cor geral… enfim, o estilo é bem parecido.
O que Chausson fez de diferente? Ao contrário do que parece, não pouca coisa: a forma é mais concisa, a expressão é mais dramática, a orquestração é mais equilibrada. E, principalmente, a linguagem parece apontar mais para o futuro: Debussy, que era amigo pessoal de Chausson, não está tão longe assim.
Vou ser rebelde um pouco e arriscar: na maioria das vezes GOSTO MAIS da Sinfonia de Chausson do que da de Franck.
Concorda? Não concorda? Ouça e mande sua opinião. ;-)
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Dos mesmos diretores de Ilha Quadrada, eis o Concertmaster, um front-end que transforma o Spotify em um poderoso player de música clássica. GRÁTIS!Post escrito por Adriano Brandão em 22/10/2012. Link permanente.