por Adriano Brandão
Osvaldo Colarusso, em seu blog na Gazeta do Povo, comenta hoje sobre o compositor espanhol Manuel de Falla. Vale a pena dar uma lidinha.
Gosto muito de Falla e conhecia pouco a história da sua vida. O post do Colarusso é revelador. Acho a obra de Falla fascinante, por oferecer, ao mesmo tempo, um “espanholismo” sensorial fervilhante e uma enorme austeridade.
Sua composição que melhor retrata isso é o Concerto para cravo, de 1926. “Concerto” é um nome engraçado para retratar uma peça que na verdade é para cravo e cinco instrumentos (flauta, oboé, clarinete, violino e violoncelo): é música de câmara, mas é também perfeitamente concertante!
A obra chama a atenção pelo uso do cravo – um instrumento associado ao barroco – em pleno século 20. Na época da composição do concerto, isso foi certa moda. Poulenc também compôs uma peça assim, o “Concerto campestre”, poucos anos antes. A inspiração de ambos os compositores foi Wanda Landowska, cravista polonesa responsável por reabilitar o instrumento para as platéias modernas.
Enquanto o concerto de Poulenc é gracioso, meio gaiato, o de Falla é duro e seco, sem no entanto renunciar a momentos de extrema beleza (ouça o segundo movimento! que coisa maravilhosamente original e emocionante!).
Leia o texto do Colarusso. Depois volte aqui e ouça o concerto. É demais de bom! ;-)
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Dos mesmos diretores de Ilha Quadrada, eis o Concertmaster, um front-end que transforma o Spotify em um poderoso player de música clássica. GRÁTIS!Post escrito por Adriano Brandão em 26/10/2012. Link permanente.