Beethoven

Concerto para violino

por Adriano Brandão

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Sai que é sua… Beethoven?

Como resistir à força de Beethoven? Já é a terceira vez seguida que nosso querido Ludwig emplaca um VOCÊ DECIDE. Como reclamar disso? Beethoven é um campeão absoluto, total DO GRANDE CARVALHO, e a obra de hoje – seu Concerto para violino – dispensa apresentações.

Até 1806, concertos para violino (ou, de repente, todos os concertos, mas principalmente os para violino) eram obras mais leves, curtas, dedicadas quase exclusivamente à exibição dos dotes – uia – do solista. Podemos pensar nos concertos para violino de Mozart, que apesar de belíssimos, são obras de muito menor fôlego que, por exemplo, suas sinfonias.

Beethoven inaugurou aqui um novo gênero: o concerto monumental. E justo para violino! Não à toa a peça foi mal recebida em sua estreia. Dizem que foi considerado tão longo, estranho e difícil que o solista da primeira audição teve que consultar a partitura, tomar água, ir ao banheiro, consultar a Wikipedia e pedir ajuda aos universitários durante a execução (mentira! mas que ele teve que tocar lendo a partitura, teve).

O fato é que a obra só se consolidou no repertório após a morte de Beethoven, para nunca mais dele sair. É uma obra-prima impressionante. FATO RELEVANTE: o tema principal, que amarra toda a obra, é exposto pelos… tímpanos! Uau. Escute no vídeo abaixo e veja como o toque inicial do tímpano é a “batida do coração” básica de TODA a obra. E gera melodias tão bonitas! Como ousam dizer que Beethoven era mau melodista?

Enough talking! Fiquem com Joshua Bell, que toca e rege o concerto em concerto no Japão. (Ooops, não há regente! Trata-se da lendária Orpheus Chamber Orchestra, que ficou célebre por se virar sozinha.) A cadência que ele usa não é nem a de Joachim, nem a de Kreisler, clássicas, mas a que ele mesmo criou, bem interessante. Para ver a evolução: na época de Beethoven, o concerto era o horror dos solistas; hoje, violinistas o tocam, criam cadências, regem a orquestra e jogam malabares incendiários. Não, não é mentira :-P

Curta, curta! Bom fim-de-semana!

Dos mesmos diretores de Ilha Quadrada, eis o Concertmaster, um front-end que transforma o Spotify em um poderoso player de música clássica. GRÁTIS!

Post escrito por Adriano Brandão em 19/10/2012. Link permanente.