Haydn

Sinfonia no. 100, “Militar”

por Adriano Brandão

Este é o centésimo post desta Ilha Quadrada. Em outras palavras: nestes meses, já conversamos sobre 100 obras. CEM! Não é bacana? Muito obrigado a todos pelo prestígio e pelo ótimo papo, sempre. Está sendo uma delícia! \o/

Para comemorar, quem mais poderíamos ouvir? Haydn, é claro! Bem a propósito, vamos curtir sua Sinfonia no. 100, de 1794. NÚMERO CEM. É até engraçado escrever isso. Estamos acostumados com sinfonias de números bem magrinhos: Primeira, Quarta, vá lá, Décima-Terceira. CENTÉSIMA? Uau.

Esta sinfonia foi composta por Haydn para sua segunda turnê londrina, de 1795. Haydn era uma celebridade na Inglaterra. Seus concertos, organizados pelo empresário Johann Peter Salomon eram eventos bastante disputados. Tanto que teve que dar um pulo à Inglaterra duas vezes em cinco anos – e na época não era só pegar um avião e pronto. Mas valia o esforço: lá Haydn só encontrava o sucesso, e dos grandes.

Para essas duas ocasiões ele compôs doze sinfonias DE ARREPIAR OS PELOS DO DEDÃO DO PÉ. Uma das mais emblemáticas é justamente essa 100, que ganhou o apelido de “Militar” graças ao segundo movimento. Ouça lá, é genial: é uma espécie de marcha, cheia de fanfarras e principalmente um montão de percussão “orientalizante”, como pratos e triângulos. No final do movimento, o toque do trompete – não, não é a Quinta de Mahler! – que leva a um estouro da percussão e um clímax dramático em toda a orquestra, inteiramente inesperado. Carambolas!

Dos outros movimentos, não há o que dizer: é Haydn da maior qualidade. O que significa: OUÇA CORRENDO! ;-)

Dos mesmos diretores de Ilha Quadrada, eis o Concertmaster, um front-end que transforma o Spotify em um poderoso player de música clássica. GRÁTIS!

Post escrito por Adriano Brandão em 18/12/2012. Link permanente.