por Adriano Brandão
A forma musical que mais me fascina é a de variações.
De todas as formas musicais, a de variações é a que mais me fascina.
Variações: a que mais me fascina, de todas as formas musicais.
A que mais me fascina, de todas as formas musicais, é a de variações.
Ver um simples tema se desdobrar em um milhão de possibilidades, diferentes entre si mas mantendo intacta a identidade básica, é um espetáculo incrível para o cérebro e uma festa para os ouvidos.
Ah, se eu fosse compositor! Quantos “Temas e variações” eu não faria? Brahms fez. Compôs 8 conjuntos de variações, todos para piano (duas ou quatro mãos, ou dois pianos). Um deles, sobre um tema atribuído a Haydn, ganhou do próprio compositor célebre versão orquestral.
Mas hoje vamos falar do meu conjunto favorito de variações: as “Variações sobre um tema de Handel”, para piano. PUTZ, QUE MÚSICA! Compostas em 1861, são baseadas em um tema de cravo de Handel muito simples e marcante, apresentado, como de costume, no comecinho da obra. Em seguida, 25 variações, UMA MAIS FODA QUE A OUTRA, explorando o motivo handeliano até a exaustão. Exaustão? Ritmos, expressões, melodias, harmonias, Brahms faz absolutamente de tudo com o trechinho barroco. Se quisesse, comporia mais umas trezentas variações, tenho certeza.
Quando você já está em êxtase absoluto, imaginando que nada no mundo poderia ser mais incrível que o que acabou de ouvir, Brahms apresenta A MAIS IMPRESSIONANTE FUGA PÓS-BACH. Meu, é indescritível! A fuga final das “Variações Handel” é música que te queima sem dó nem piedade. A vontade que dá é de dar pulos de alegria, sair correndo e mostrar pra todo mundo: “escuta isso aqui! escuta agora! JÁ!”
É o que estou fazendo cá nesta Ilha ;-)
Dos mesmos diretores de Ilha Quadrada, eis o Concertmaster, um front-end que transforma o Spotify em um poderoso player de música clássica. GRÁTIS!Post escrito por Adriano Brandão em 27/09/2012. Link permanente.