Brahms

Quarteto para piano no. 3

por Adriano Brandão

AH, BRAHMS!

Eu não escrevi isso aqui ainda, mas nunca é tarde demais: da mesma maneira que considero Beethoven o maior músico de todos os tempos, o meu favorito pessoal é Johannes Brahms.

Isso vem de muito tempo. Foi quando tive o primeiro contato com a música de Brahms. Eu tinha 11 anos. Achei música muito difícil mas estranhamente atraente. Fui tentando mais. Foi quando, um dia, Brahms me acertou em cheio. Daí percebi o quanto aquela música ressoava em mim e não a larguei mais. :)

Desde então conheci MUITOS outros autores que passei a adorar também. Putz, dezenas. Mas minha predileção por Brahms sempre permaneceu, firme e forte. Creio que tem a ver com o incrível equilíbrio da produção brahmsiana: formas clássicas, perfeitas, abrigando uma expressão de EXTREMA INTENSIDADE EMOCIONAL. Não, não é bolinho não! A música de Brahms esconde, por trás daquela cara severa de profeta, um enorme núcleo de lava emocional. Brahms é WHITE HOT, meus amigos!

Para exemplificar, apresento a vocês uma das obras mais turbulentas e emocionantes de Brahms: o Quarteto para piano e cordas no. 3, composto em 1875. O grande drama interior de um homem apaixonado é sentido em cada nota desse quarteto, desde o trágico primeiro movimento, passando pelo agitado e intenso scherzo, até o elegíaco movimento lento (alô, ouvinte: cuidado com as lágrimas!) e o finale que resolve (parcialmente?) as questões e tensões acumuladas.

No final da audição, a gente sai com a alma lavada e com a certeza de que grandes emoções não excluem grande arte – expressividade pode conviver com esmero e bom gosto, em criações feitas para durar. Brahms é a prova disso.

Primeiro post de muitos: ainda falaremos bastante do querido BARBA aqui nesta Ilha \o/

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Dos mesmos diretores de Ilha Quadrada, eis o Concertmaster, um front-end que transforma o Spotify em um poderoso player de música clássica. GRÁTIS!

Post escrito por Adriano Brandão em 15/09/2012. Link permanente.